eis-me aqui, em mais uma madrugada clara, com um milhão de pensamentos. até resolvi começar a arrumar o meu quarto, já guardei pelo menos as roupas no armário. é que me veio um turbilhão dizendo "a cada parte que arrumas desse quarto, uma parte em sua vida será arrumada também." e lá fui eu. agora já é "cedo" demais, deveria ir dormir. achei um cigarro quase que pela metade em minhas coisas e cortei o jejum de cigarros apenas no final de semana. na sexta feira, assim que cai a noite, para ser mais específica. tinha me esquecido do quanto eu gostava de ir pra varanda e apreciar as estrelas enquanto fumava meu cigarro... me esqueci por completo como é deitar as 10 da noite e simplesmente pegar no sono, me esqueci, jesus!
pensei bastante no caio essa noite, talvez ligue pra ele amanhã. pensei menos no diogo. pensei que, um novo amor desesperado só afetaria e faria de mim uma mulher incompleta. devo, ao certo, começar uma nova vida, para que esse possa entrar e usurfruir de toda a minha alegria já feita, apenas dividi-la comigo. devo arrumar meu quarto, para que ele sinta o meu perfume ao entrar e assim se lembre de mim, alguém menos desarrumada.
eu não quero parecer uma bagunça pra você, meu amor. eu não quero mais ser uma bagunça assim.
acredito estar melhorando a cada dia e, cada passo, a vida menos me entedia. só me falta colocar os pingos nos is. já aceitei certas condições, só me falta vive-las.
em duas horas ou menos eu estarei de pé me embelezando para ser quem eu sou. não me embelezo mais para ser bela por ser, para ser bela pra você. me embelezo para ser quem eu sou e, a cada dia menos, dever algo a alguém. eu me embelezo sim.
meu quarto é muito gelado quando estou de pé com a porta aberta. mas quando fecho, apago a luz e me cubro fica um calor insuportável! mesmo que eu abra um pouco a janela. calor insuportável é aquele calor frio. o calor do meu próprio corpo me esquentando, fazendo par com o maldito edredom verde. eu só queria que você amasse meus cachos que tem cor de bronze nas pontas por estarem desbotados de qualquer coisa que eu tanto passei. eu queria que você brincasse com eles, embaixo do meu edredom, enquanto eu seguro a sua mão, e seu braço me incomodando as costelas. o calor não seria insuportável e faria frio, tanto frio que seria necessário roubar meu edredom de você a noite toda, para que nunca conseguissemos dormir. ou que acordássemos de ponta cabeça, rindo da nossa própria confusão, suando o calor maravilhoso que me deu esse frio imaginário. e dessa vez foi você e meu edredom que confabularam a noite toda em nome dele, at last.
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