terça-feira, 21 de setembro de 2010

esse teu cheiro concentrado no cangote
esse teu cheiro gruda no meu nariz
e eu fico cheirando esse teu cheiro que largou o teu cangote
preferiu viver aqui dentro de mim
eu gosto é desse teu jeito de me fotografar com os olhos
tímida, olho pra baixo
mas quero te ser bonita
não posso nem lembrar dos arrepios que teu beijo...
ah teu beijo...
não posso lembrar
eu queria esse dengo assim, calmo
as coisas deveriam ser exatamente como é a tua voz
um bom timbre, rouquidão, lentidão
mas não
e não, assim eu não gosto
de ficar sem teu dengo eu sei
de te confundir em outros braços
esses teus olhos me fisgaram
e eu não sei bem o que fazer
acho que até perderia a graça
mas é que parece música esse jeito que você tem comigo
é que parece que é tão bom
me enche a cabeça de idéias e sem saber até onde eu posso te contar
eu escrevo
eu beijo
eu dengo
sem saber até onde eu posso

terça-feira, 17 de agosto de 2010

depois de tantas, acabo por acabar. meus anticorpos me fizeram não sentir teu cheiro no nada, no vazio do dia. me fizeram pensar racionalmente, não dá pra continuar assim e é melhor comunicar e deixar tudo a pratos limpos, sem precisar quebra-los. eles estão deslizando das nossas mãos e eu sinto que é essa a hora. eu gosto, você gosta, mas não é isso, não é assim, não é assim que eu quero isso. eu quero mais, eu quero tudo e, mais uma vez, tenho migalhas. e vai piorar.
baby, vou te deixar.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

quando estou apaixonada, faço de mim uma princesa
construo um lindo castelo de areia
que vai se fortalecendo ou não

sexta-feira, 25 de junho de 2010

não sai, não sai. não tenho o que falar, tá tudo bem, tá tudo ótimo, mas nada sai. só sei dizer que to bem e só.
talvez seja só isso mesmo, to tão inspirada, inspirada até demais e nada sai. não tá tudo bem, mas eu to bem. tá tudo bem, não dá pra ficar inventando besteira, mas essa minha mania de insatisfação é danada e pega pesado as vezes.
to tão cheia de tanto amor, é tão bom o que eu sinto aqui dentro e eu só queria compartilhar, gritar, berrar, mostrar pra todo mundo olha como eu to feliz e como eu amo tudo, apesar de alguns conflitos, frustrações, isso é normal, isso sempre vai ter, pra que levar uma vida plena sem nada pra aprender? eu aprendi tanto e é como se agora eu tivesse colhendo os frutos, respirando, enfim. mas eu nao sei dizer se é bom porque até as coisas que eu quero muito e não realizo, nao me causam lá muita tristeza, nao fico mais tão magoada por bobeira, besteira, é besteira, não consegui agora mas consigo depois, se não conseguir eu desencano, desengano, nao me deixo abater.
já tirei esse azedume do meu peito com as minhas próprias mãos, sem tirar o mérito de quem sempre esteve ao meu lado com as mãos estendidas pra limpar qualquer sujeirinha, remover qualquer mancha, aprendi a deixar pra lá, aceitar, os fatos e os carinhos que eu tenho, ignorar os que eu não tenho porque é assim que se vive bem.
eu to bem, mas cadê? to bem, e agora? é só viver. né? não tenho certeza e eu to bem. chego a gostar.
queria explicar, mas explicar o quê? é tudo repetição, não tem porque ficar pensando sobre isso, questionando, deixa rolar, é só deixar rolar que tudo acontece, tudo vem, tudo bem. tá tudo bem.
as lágrimas que brotam, agora só de emoção. ai, como eu to feliz e lá vem elas umedecendo meus olhos por detrás dos óculos que eu tanto gosto. bem que minha mãe falou que depois que eu coloquei esses óculos eu fiquei mais bem resolvida, decidida, desempedida, até mais inteligente. to enxergando tudo, não necessariamente as coisas como elas são, mas a beleza. porque no final o que importa é isso mesmo, enxergar a beleza, o resto é filosofia barata, pelo menos pra mim com essa vida tão boa que eu levo. é só uma questão de saber dar valor e eu to dando.
eu to me amando. eu to te amando. é só me fazer sorrir que eu já te amo. eu sinto essa saudade saudável que me faz sorrir ao lembrar. eu busquei tanto isso. eu desejei tanto esse sentimento e olha ele aí.
eu te amo por estar aqui e agora. eu te amo de uma maneira tão livre e simples, algo que eu nunca imaginei. e é claro que eu não deixei de ser ciumenta, possessiva, etc e tal, eu só aprendi a rir disso, não, nao, a rir nao. eu aprendi a sorrir pra isso e isso sorri de volta e é tão livre. é tão leve. é tão bom.
é tão bom... e eu simplesmente não tenho o que escrever, só o que dizer, conversar, amar, resolver.
me desculpem por tudo. obrigada por tudo. bom dia,

quinta-feira, 24 de junho de 2010

eu to bem.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

missão pesadelo

"bia, tu num sabe que que essa filha da puta me fez"
"bia, tu num sabe o que ele me disse"
"partiu missão?"
e lá fomos nós, mais ou menos, cada um do seu lado da rua escura, do beco
um beco largo, mas escuro.
construções descontruídas, mesmo inacabadas
ele parou, meu irmão. de sangue mesmo, meu irmão.
comprou uma sacola e um beque. na sacola, 3 tijolos.
parecia carvão, mas devia ser apenas a escuridão
e o medo porque
não tinha onde guardar, não tinha
só tinha meu casaco, não tinha
nem bolso não tinha
era enfiar tudo lá dentro e segurar por fora
paz não tinha
medo só tinha escuridão e medo só tinha
corre corre, desce que eu te encontro só tinha
os becos com escadas desconstruídas
parecia até santa tereza
parecia até o fim do mundo
eu fui descendo sem olhar pra trás e a cada esquina
só tinha preto só tinha
receio, escuridão, praça, escada, só tinha
e eu voava
eu voei pelas escadas sério
parecia um daqueles vampiros de rpg
a diferença é que eu tava de chinelo
tinha musgo
isso, musgo nas escadas
e eu escorregava
mas não caía
não tinha equilíbrio
só tinha medo
e eu não caía

eu cheguei na festa e a guarda municipal só tinha
mulher fardada
gritei, berrei, pavor e medo só tinha
silêncio dentro de mim
estardalhaço, música música, gente gente gente
voltei pra mesma festa, pensei
vou me esquivar dessas fardadas, pensei
passei
cheguei no andar de baixo só tinha
preto favelado só tinha
até o teto era baixo
tudo de madeira, parecia até que dava medo, mas segurei
fui subir uma escada
que tinha
buraco
que pegaram meu pé
voltei e perguntei
qual que é?
"mas como fede esse teu pé"
ah, olha minha ofegância
não ve que corri, que fugi, só tinha medo, só tinha
fiquei com raiva
briguei
vai te fuder
falei
ele riu, três chegou
me apaupou na cintura
vai sentir meus tijolos, pensei
tudo em vão, choraminguei
mas quando voltou o pavor
acordei

ói o trem

o mineiro disse:
"uai, dá um cadin desse trem
ói, esse trem me faz um beim
que eu acho até que vai fazê beim procê taméim"

e o trem nunca mais saiu daquela estação...

não vou mudar mais

não quero mais te amar.
não quero me moldar, me esforçar, criar novas opiniões, comportamentos
a fim de te combinar
a gente não deve combinar mesmo
e tudo bem...
não quero uma paixão, um amor condicional
deve ser mais fácil, demorado mas fácil
encontrar alguém, outro alguém, que simplesmente vá admirar tudo o que sou
e não vai exigir tanto da minha cabeça
eu quero a sorte de um amor tranquilo
um amor que me mude
e não me mudar por um amor
eu queria tanto você
mas você é tão você
e eu, agora, tão eu

segunda-feira, 5 de abril de 2010

bagunça

ai, que bagunça
que confusão dentro de mim
foi tanta coisa que passou, ignorei, tentei, consegui e agora... e agora?
será mesmo errado simplesmente relembrar? será que aquilo tudo vai voltar?
eu tinha que me lembrar de não esquecer e agora
agora nem pensar
nem chega, nem vem,
nem sobe, nem tem
tá tudo meio oco, não sei explicar
são vários pensamentos perdidos, tantas coisas no ar
meu crânio é um espaço vazio com palavras soltas flutuando
e um coração de espuma
acho que to mesmo nessa de curtir, pensar em mim
mas é que as vezes mim quer ser vós por não saber escolher tu
mais ainda por não ter tu algum e diferente de ontem, não é pra qualquer que me quer
nem é pra anunciar
e tô quase um abacateiro refazendo tudo
o que eu acho bom.
é bom.
e é que eu não posso simplesmente dizer, tem que fazer essa confusão
não dá pra simplesmente viver
e é simplesmente vivendo que a gente vê
que é tão simples dizer
e eu posso começar como eu quero
mas eu nem sei bem o que vem depois

sexta-feira, 12 de março de 2010

olha, eu adoro o seu pau. verdade, eu adoro o seu pau, adoro como você se move dentro de mim. parece que sente o sopro da vida, é maravilhoso. suas caretas, quando mete forte, quando vai devagar, quando rebola, quando para.quando para.porque na verdade eu só to dizendo isso pra você não pensar que eu não gosto disso, porque eu gosto. gosto muito, gosto mesmo. mas na verdade, no fundo, bem lá no fundo (é, eu também gosto quando você vai fundo), o que eu mais gosto é quando você me abraça muito forte.quando eu quase me sinto entrando em você, nossos corpos querem provar a lei da física. eu gosto mais até do que dos beijos deliciosos.tudo some. você já sentiu isso? não necessariamente comigo, eu não espero que você sinta o mesmo que eu, mas eu acho que você tem que sentir isso.dizem que quando você chega ao orgasmo é assim. bom, não comigo. eu devo ter outro tipo de orgasmo, então. que seja,é quando você, dentro e bem fundo, para e me abraça tão forte, tão forte, eu perco. fica um breu e um silêncio inexplicável. e por mais que dure pouquíssimo incontáveis segundos, é como se durasse a eternidade. três vidas em segundos. três vidas dentro do teu abraço.eu tenho esse fogo de te arrancar as roupas toda vez e é essa a minha explicação. é o meu pedido de desculpas. eu to te mostrando que eu sinto. eu já te falei milhões de vezes tantas palavras prontas e explicáveis, mas eu não acho que isso tenha nome. não é tesão, não é amor, não é paixão, não é fogo, não é. é sede do teu abraço. eu não sei que nome eu dô. e não é o mesmo abraço, não é um abraço qualquer, não dá pra reproduzir esse abraço em outro abraço tão forte, não importa quão forte e demorado ele seja.com isso eu anulo tudo o que eu já te disse até hoje. eu não sou apaixonada por você. eu não morro de tesão em você. eu sou viciada no abraço que só você sabe me dar numa única ocasião.
...tem que controlar, tem que aprender a conviver com isso. aí uma hora passa, sabe? é só não dar muita atenção, por mais difícil que seja. saudade a gente trata quinem criança malcriada.
quando ela começar a chorar e espernear desesperadamente, você simplesmente olha pra ela e diz: "olha, pode parando. fica quietinha, não vou te levar ao parque. o parque fechou e não vai mais voltar. agora temos que esperar outro parque chegar no bairro e até que isso aconteça, você vai ter que se comportar." e deixa ela espernear. alguma hora ela vai parar.
depois ela volta, claro que volta, mas tem que manter firme o pensamento. o parque realmente fechou. fechou, acabou. com o tempo você doma a saudade e ela vai entendendo e vai ficando serena. e ela para e vai.e sempre vem outro parque...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

sobre pedir pra ficar

você entendeu tudo errado! tudo errado!
eu só queria te dizer do vazio que fica quando você vai embora e eu não quero mais que você vá embora. você não está me entendendo, olha, eu só quero que você fique por perto, eu só quero te ver, é essencial pra mim que você chore todas as lágrimas do mundo no meu colo, eu passaria todos os fins de semana do resto da minha vida ao seu lado, eu ficaria ao seu lado e eu não acho que você acredite ou bote fé, mas eu juro, eu juro que eu faria qualquer coisa porque você cresceu em mim daquela forma que o caio fernando falou, você não foi uma avenca, você não foi só uma foda e eu to sim tentando te agarrar com as unhas porque eu tenho certeza de que nunca vou encontrar alguém que se pareça, de longe, com você e eu não quero o desapego, eu não quero te esquecer, eu não quero ficar bem, eu não sou o que você pensa que eu sou eu, eu sou você. mas não adianta, seu teimoso, você não me ouve, não me ouve! você entendeu tudo errado ou está fazendo toda essa cena pra que eu sofra menos, o que seria pior e ainda desprezível. eu nunca, nunca te perdoaria por isso e a ferida só ficaria maior e maior porque se é triste se apaixonar por alguém que não se poder ter, se apaixonar por alguém desprezível é ainda pior e eu não consigo simplesmente deixar você ir porque não é todo dia nem em qualquer esquina que se encontra isso porque eu não te contei, mas eu sonhei com você a minha vida inteira mas você não acredita nem vai entender, não é pra entender. eu entendo você, eu sei o que você é, só não saberia te explicar como, mas eu sei. não sei com fatos, mas sei dessa coisa escura, ou talvez muito clara, mas limpa, sem nenhuma estampa ou ponto, completamente de uma só cor neutra, como as camisas que você usa, eu sei dessa coisa que você carrega, eu sei, acredite em mim, eu sei mas não se explica, não ha palavras suficiente no mundo, só vivendo e eu sei que ela viveu com você e eu sei disso tudo que você não pode fazer mas eu não consigo evitar o instinto de lutar. eu nunca luto, nunca, mas eu só sinto que por você, eu não sei, eu não sei dizer como, mas valeria a pena. não é só um pouco de paz que eu queria ter, eu não quero paz, "não quero acreditar que vou gastar desse modo a vida" e eu te pergunto, me perguntando, porque eu vi em você qualquer coisa que eu nunca vi mas sempre imaginei e nunca pensei que um dia pudesse existir e até que você existe e tem mais! tem tudo! seu nada é meu tudo, você não vai entender, você nunca vai entender o que eu to tentando explicar porque são anos de pensamentos, é como se tudo que eu pensei esses anos todos foi se formando e fez você. por que você simplesmente não aceita que você é esse cara? você é esse cara, para de me falar que não é porque eu sei muito bem de tudo que eu penso e imagino dentro de mim. a diferença é se você não quer ser esse cara, aí tudo bem, aí pode ir embora, deixa a porta aberta, depois eu levanto da cama e tranco. a 7 chaves. você nunca mais vai voltar, principalmente depois disso. mas vou mostrar mesmo assim porque eu já nao tenho mais nada a perder, foda-se, foda-se muito, cause i know you wanna quit me babe, but a quitter never wins (porque eu sei que você quer desistir de mim babe, mas um desistente nunca vence). pode ir, eu vou ficar e beber mais uma.
aliás, eu nunca vou te avisar absolutamente nada porque eu nunca vou ficar bem.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

- Meu problema de belas pernas

Eu tenho uma mulher e ela é linda. Pode crer que uma das mais lindas que já viveram, não só pelas belas pernas e seios empinados que cabem perfeitamente nas minhas mãos, ou pelos cabelos fora de moda que insiste e se despenteiam tão facilmente em minha presença, mas também pela timidez que disfarça (mas não esconde, ela nunca se esconde) uma bela cavalgada, caras e bocas e gemidos, peitos saltitantes e uma boceta de veludo. eu tenho essa mulher e ela é linda.
As conversas cinematográficas confirmam o meu poder sobre ela, apesar da certeza de que ela nunca será minha, ou eu dela. eu poderia (e como poderia!) passar a eternidade ouvindo suas histórias de promíscuidade, longe de qualquer hipocrisia, mas um dia acaba. e acaba mesmo, eu até sei o dia. ou pelo menos imagino, pelas circunstâncias, coisas da vida, essa ironia sem fim. até porque, um dia a virilidade acaba também e os assuntos morrem. as histórias se tornam repetitivas e tudo se torna rotina. ela não teria a menor graça rotineira. ela já sabe muito, mas tem muito o que aprender. eu sei que tem e sei que gosta como gosta do meu gozo em sua boca, o que quase me da vontade de gozar novamente e nunca mais parar.
Eu sei que ela não é minha, mas eu gosto de pensar, nesses poucos dias. quero aproveitar essas duas semanas como se fosse uma vida inteira e imaginar que todas essas histórias tenham sido um sonho bom que ela me conta quando acorda, assustada, desculpando-se pela infidelidade, quando na verdade, o infiel sou eu e ela, uma linda menina-mulher-princesa, doce toda vida, devassa toda noite (ou tarde, manhã, madrugada). Se um dia eu me salvar, caso com a vadia! e choraria toda noite com medo de perde-la. minha doçura, chocolate desbotado de altíssima qualidade. não fala muito, mas sabe muito, saca muito, sai muito, fode muito. meio termo entre sonho e pesadelo. purgatório, pra quem acredita.
Eu tenho uma mulher, essa mulher. E ela é linda.

Um infiel



*Se eu fosse homem, seria poeta.
*Não poderia escrever sobre você sem falar de amor. Como o amor é inconveniente, falei de mim.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

eu não guardo rancor.
sinto que constantemente sou desrespeitada por isso, mas eu não consigo, simplesmente.
me faz bem lembrar apenas das coisas boas e eu só consigo, grito e esperneio até esquecer. e esqueço só o que de mal você me fez, as lágrimas que não segurei e a aflição no peito pra guardar os beijinhos e carinhos, com carinho. o que me faz sorrir de cantinho quando eu to sozinha, perdida nos pensamentos, devaneios que me levam a crer que um dia eu vou estar por aí. que do jeito que as coisas são, não vai ser em vão, não vai deixar eu me ferir sem motivo assim.
não faz mais diferença se foi hoje, ontem ou se será amanhã. nem ligo se não fala comigo, ou se fala e depois se cala. eu piro é de pensar nela por perto, como eu deveria ser. e eu me lembro do seu ombro acolhedor, do seu beijo gostoso de beijar e como eles são só meus. os delas são delas, o meu é meu. e logo vai embora toda vela que chora e toda lágrima que derrete. acendo um incenso e durmo tranquila pensando que toda poeira, uma hora baixa.
não queria uma parte do que está acontecendo
queria deitar no teu colo e ver o pôrdoSol
e depois a Luavermelha
com a vontade de seguir

deita comigo?
dorme comigo?
foge comigo?
sente comigo?

a noite é sempre tão convidativa, a manhã sempre tão esperada
espero que amanhã tudo ainda seja essa madrugada

essa noite eu sonhei em você
por nós dois
pelo depois que nos aguarda
e pelo vão que nos retarda
as coisas mudaram
mas eu continuo a mesma
os dias passaram
mas eu continuo na mesma
quem sabe um novo ano
quem sabe uma nova postura
quem sabe uma nova aventura
quem sabe?
você sabe?
nem eu!