sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

e dessa vez eu exclamo com toda a certeza que eu nunca tive que hoje eu vou te esquecer
que hoje eu vou viver
sem todos esses amores dilacerados
essas migalhas que eu insisto em catar, sem reclamar, falando baixo e aceitando de bom grado
não é de bom grado!
não chega nem a ser um agrado!
eu não aguento mais
tentar me moldar toda vez
tentar não sentir, toda vez
porque eu sinto toda vez
e eu não quero a sarjeta outra vez

domingo, 25 de outubro de 2009

Eu não sou vulgar.
Não, não sou. E estou cansada desse corpo.
Quero mais boca, quero mais cordas, quero mais alto
mais alto!
Pq eu sempre tenho que calar quando o que eu mais quero é fazer você entender?
MAIS ALTO!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

e naquele momento único pensei:
"meu deus, a quanto tempo eu não abro essa janela!"
eu to tão desesperada
agarrando qualquer coisa
topo qualquer coisa
só me livre desse tédio!
teatro, música, livros, textos que só sabem me deixar tonta fumando um cigarro
que só me dão vontade de falar com você
de falar pra você

terça-feira, 20 de outubro de 2009

eu to comendo compulsivamente como uma vaca gorda
vendo merda na tv
esperando um telefonema ou um sinal de fumaça
alguém aparecer aqui pra me salvar
mas o mundo parece tão ocupado
e eu tão perdida...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

isso me trouxe aquela lembrança boa de um dia aconchegante no meu quarto
o frio, a meia luz
fui no banheiro e, quando voltei, te vi como um rei
sentado na cama do sofá com meu cão deitado do lado
como se já fosse de casa
como se meu corpo fosse a sua casa
você me tomou nos braços
eu não entendo
eu acho que eu gostaria de uma bebida agora pra ficar fora do ar
mas e se fora do ar
eu olhar demais pra dentro de mim mesma
e me machucar
pois sem ter idéia pra trocar,
não tem o menor sentido
eu não entendo
beber assim a toa.
acho que tudo que eu queria agora é ficar muito bebada
mas talvez seja pq sempre que estou bebada,
estou rodeada de todos
e provavelmente eu queira me sentir rodeada por todos agora
talvez um cigarro...
é que eu sou isso que ninguém vê
que eu tenho vergonha de mostrar
e por isso nunca vão entender
e quem já sabe que diga
me carregue na barriga
por puro prazer
eu sou todo o amor do mundo
essa emoção de orgulho alheio
por ser e estar perto
eu carrego todo o amor do mundo
não, eu não sei apreciar essas coisas
eu não sei apreciar um copo de whisky
eu não tenho dinheiro pra almoçar com você
muito menos ir ao cinema
pra quê essas coisas tão banais?
pq não um passei, uma conversa
pq a gente nao conversa?
pq eu não consigo colocar numa frase tudo isso aqui que eu tenho pra dizer pra você
não, não é nervosismo
é medo do ridículo
esse mesmo ridículo que eu passo quando eu aprecio a merda do copo de whisky
cachaça
cerveja
ridículo!
eu só queria desistir, largar tudo
viajar pro interior, raspar a cabeça e começar uma vida nova
mas eu nem sei nem como começar
eu nao sei como começar aqui,
como saberia fora?
como saberia se eu não tenho nada
e o que eu tinha eu desperdicei quando não tinha a menor necessidade
quando eu tinha de sobra
quando sorrir era o remédio
e agora? agora eu
fico por aí, sendo ridícula, falando coisas ridículas
bebendo ridículamente e gritando embriagada
coisa alguma que a tristeza
o vazio, a depressão
o tédio. a falta, o nada
o nada!
e nada acaba com o nada
eu não sei mais pensar
eu não consigo mais ler
eu não sei conversar
só sei repetir e esquecer
ouvir, chorar
nem chorar
nao mais.
só as vezes, quando me invade a alma e queima nas bochechas
arde nas extremidades do nariz
gasgueta a garganta e vem
a água do mar que transborda dentro de mim
com aparência de suja, de tão salgada
feia

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

it's so hard to wait

eu deveria simplesmente parar de dedicar a minha vida a busca infinita de sentido em frases soltas no vento. por mais que tenham algum, não cabe a mim ficar procurando incansávelmente, já que eu não vou mesmo achar. a solução é esperar...



eu queria também saber a hora de parar. a hora de sair, desligar, esquecer, me calar. queria ser mais natural. falta naturalidade nas minhas atitudes e eu só queria estar livre pra dizer o que eu bem entender.



queria fazer um dia inteiro de declarações, pra ver se esgotava e eu não pensasse mais nisso, mas quanto mais eu falo, mais eu penso. quanto mais eu penso, mais eu sinto. quanto mais eu sinto, mais eu sinto. e eu sinto muito, sinto até doer! e, cara, dói.

i just can't seem to get movin'

love me enough to begin

and i'll never forget you

i hope that you care more than a little for me

it's so hard to wait

if I should stand and stare

don't be alarmed at me

it's so hard to wait...



é uma nostalgia misturada com um medo do futuro...

se eu esperasse? é tudo que eu tenho feito, mas eu deveria tentar esperar com tranquilidade. talvez se eu forçasse a tranquilidade, um dia ela se tornasse natural. talvez se eu gritar todas as declarações aqui, um dia elas se esgotem. se eu esperar tranquila, um dia eu vou descobrir, como quem nunca quis saber, todos os mistérios que guardam tuas falas malucas.
but it's sooooo hard to wait...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

perdoa, amor

queria me desculpar, meu amor, por te culpar sempre pelo sentimento que eu inventei.
me desculpa pelo erro que eu cometi e me desculpa por colocar toda a culpa em você.
o que você tem a ver com o que eu inventei? na verdade tudo, mas não foi você, amor, que me fez sofrer. eu fiz.
você me consquistou e eu achei que pudesse te responsabilizar por ter me encantado tanto, mas eu não posso. o sentimento é meu, o controle também. se eu não me controlo, a responsabilidade é toda minha.
desculpa, amor, pela confusão.
eu espero, caramujo, que um dia eu possa ser seu docinho novamente. que você volte a me abraçar dizendo me gostar novamente. não quero que tudo volte a ser como era antes, é só uma referência ao que eu quero que seja daqui a algum tempo.
não demora, caramujo, a acordar. ainda que sonolento, tente acordar.
te dou até um doce, me torno seu esquema.

arrumando

eis-me aqui, em mais uma madrugada clara, com um milhão de pensamentos. até resolvi começar a arrumar o meu quarto, já guardei pelo menos as roupas no armário. é que me veio um turbilhão dizendo "a cada parte que arrumas desse quarto, uma parte em sua vida será arrumada também." e lá fui eu. agora já é "cedo" demais, deveria ir dormir. achei um cigarro quase que pela metade em minhas coisas e cortei o jejum de cigarros apenas no final de semana. na sexta feira, assim que cai a noite, para ser mais específica. tinha me esquecido do quanto eu gostava de ir pra varanda e apreciar as estrelas enquanto fumava meu cigarro... me esqueci por completo como é deitar as 10 da noite e simplesmente pegar no sono, me esqueci, jesus!
pensei bastante no caio essa noite, talvez ligue pra ele amanhã. pensei menos no diogo. pensei que, um novo amor desesperado só afetaria e faria de mim uma mulher incompleta. devo, ao certo, começar uma nova vida, para que esse possa entrar e usurfruir de toda a minha alegria já feita, apenas dividi-la comigo. devo arrumar meu quarto, para que ele sinta o meu perfume ao entrar e assim se lembre de mim, alguém menos desarrumada.
eu não quero parecer uma bagunça pra você, meu amor. eu não quero mais ser uma bagunça assim.
acredito estar melhorando a cada dia e, cada passo, a vida menos me entedia. só me falta colocar os pingos nos is. já aceitei certas condições, só me falta vive-las.
em duas horas ou menos eu estarei de pé me embelezando para ser quem eu sou. não me embelezo mais para ser bela por ser, para ser bela pra você. me embelezo para ser quem eu sou e, a cada dia menos, dever algo a alguém. eu me embelezo sim.

meu quarto é muito gelado quando estou de pé com a porta aberta. mas quando fecho, apago a luz e me cubro fica um calor insuportável! mesmo que eu abra um pouco a janela. calor insuportável é aquele calor frio. o calor do meu próprio corpo me esquentando, fazendo par com o maldito edredom verde. eu só queria que você amasse meus cachos que tem cor de bronze nas pontas por estarem desbotados de qualquer coisa que eu tanto passei. eu queria que você brincasse com eles, embaixo do meu edredom, enquanto eu seguro a sua mão, e seu braço me incomodando as costelas. o calor não seria insuportável e faria frio, tanto frio que seria necessário roubar meu edredom de você a noite toda, para que nunca conseguissemos dormir. ou que acordássemos de ponta cabeça, rindo da nossa própria confusão, suando o calor maravilhoso que me deu esse frio imaginário. e dessa vez foi você e meu edredom que confabularam a noite toda em nome dele, at last.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

é difícil escrever algo que faça sentido de verdade ou que tenha assuntos organizados. minha cabeça funciona de uma maneira engraçada soltando frases e, ao escreve-las, raramente volto pro começo da frase. ou do parágrafo, do texto... que seja. não, volto, não olho pra cima. não olho pra trás. apesar de ser o que eu mais faço quando me algo me dói. me prendo ao passado como um carrapato na pele e aja foto antiga! músicas, posts em fotolog, conversas de msn... é tão ruim comparar o passado. é tão ruim não conseguir ter raiva no presente, só saudade. tudo que me fizeram de mal, se torna tão pequeno próximo dos bons momentos e etc. acho que é por isso que eu não odeio nenhum deles, dos meus homens. apesar disso, meu presente se torna amargo. muito! e dói e eu brigo e eu detesto e eu fico sozinha e dói! dói! ai!
eu tenho todo o colo que eu quiser de quem eu nem preciso mais.
novidades. estou tão carente de novidades. e não é por falta novidades!
too much of not enough.
e já nem faço mais as unhas ou cuido do cabelo... por preguiça de parecer bonita pra quem possa aparecer. e é por isso que ninguém aparece. mas sempre que eu me dou ao trabalho, é a mesma coisa! eu to cansada.
queria aprender a, pelo menos, organizar os pensamentos. organizar uma frase. um parágrafo. um texto. meu quarto. minha vida. meus relacionamentos. queria saber amenizar a dor.

domingo, 30 de agosto de 2009

estou com raiva. muita raiva! não to me aguentando! não é possível, isso só pode ser doença. esse ciúme, sabe... eu to com ciúme das minhas amigas. isso é doentio! eu fico com raiva de pessoas novas, eu não quero que os meus amigos próximos tenham outros amigos próximos novos que eu não conheça ou não tenha alguma intimidade.
acho que o ciúme que eu estaria despejando em algum namorado está caindo sobre minhas amigas com todo ódio que um ciúme pode carregar dentro de si. pra mim o ciúme é um cara muito mau que sempre fica do meu lado quando eu vejo ou ouço algo. e puta malfeitor mala, eim.
que seja, eu não aguento mais, mas é uma raiva tão incontrolável! quando meu cão dá mais atenção pra alguma visita, quando alguém nada a ver dorme na casa dos meus amigos, quando os meus amigos fazem outros amigos que eu nem conheço... eu me sinto deslocada, eu tenho medo de perder!
sentimentos ruins nunca vem sós. eu falei primeiro do ciúme, mas é o vazio. é dele que eu já estou cheia, é por causa dele que vim aqui, gritar pros ouvidos de ninguém a dor do vazio.
me entorpeci esse fim de semana. como faço em todos os outros, mas, talvez pela quantidade ou pela ausência de pensamentos, minha mente vagou. nao viajei em nada específico, não criei milhões de teorias e conversei aos montes, por mais que eu estivesse entre velhos amigos eternos. eu poderia conversar sobre qualquer coisa, eu poderia pensar em milhões de coisas, mas acho que minhas semanas tem sido cada vez mais vazias e meus assuntos, cada vez mais repetitivos. eu já pensei tudo que eu tinha pra pensar em relação aos assuntos de sempre. eu não aguento mais!
uma vez um amigo que fica alguns meses embarcado veio falar comigo e pediu novidades. disse que não tinha nenhuma pra contar e ele insistiu, de uma maneira que me deixou particularmente com pena, mas ao mesmo tempo muito familiar: "me conta só umazinha... sou meio carente de novidades por aqui, sabe...". foi triste me sentir como ele. foi triste pensar que, mesmo nao estando no meio de um oceano, me sinto como alguém que está.
tenho bons amigos, falo frequentemente com eles, mas minha semana é tão fria.
meu quarto é tão aconchegante, apesar de insuportávelmente desarrumado, ninguém resiste a uma deitadinha, mas ele tem andado tão frio.
é difícil ter tanto tempo livre e não ter com quem se ocupar.
comigo? já desisti de mim...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

eu sou uma otária. isso é fato. otária, com todas as letras. eu já voltei a choramingar pelo diogo, apesar de ser diferente dessa vez. estou mais tranquila e menos caótica. só fico tristinha e nostálgica de vez em quando... a gente tem se falado pouco, bem pouco. tenho reparado nos nicks dele e deixei um depoimento dizendo que estava preocupada e ele respondeu em scrap agradecendo. não estou mais sendo radical e já aceitei que a merda do destino tá segurando uma boa pra gente.
mas o que tem me tirado o sono é o tédio. mesmo. e a falta de dinheiro, falta de expectativa... eu decidi fazer gastronomia, mas não tem nenhum curso pra começar agora. e mesmo que tivesse, eu preciso de um emprego antes. não vou pedir pro meu pai pois eu sei que ele, além de não querer pagar, vai me colocar pra baixo. vou evitar essa fadiga inicial. eu iria hoje ver um emprego, a naninha falou que ia se demitir e me colocar no lugar dela, mas agora falou que ta doente e que só vai fazer isso amanhã. to com medo dela dar pra trás, como ela sempre faz. cansei de ter falsas esperanças por causa dela. já esperando o pior, mandei dois e-mails hoje para duas vagas aleatórias. vou começar a agitar, apesar de mal ter forças pra sair da cama. não tenho ido ao curso por isso.
posso parar antes de concluir?

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

as vezes parece que eu to perdendo. parece que eu to fazendo alguma coisa muito errada e que não tá dando certo e eu to perdendo um monte de outras coisas. é isso que parece as vezes.
eu to de saco cheio de não fazer, não começar, esperar, esperar, esperar, sentir saudade, esperar, esperar... saudade dói! e quanto mais eu penso que eu já to bem, alguma coisa muito errada acontece, com ou sem a minha manipulação, e eu volto a me sentir péssima e dói. dói.

eu só queria, de uma vez por todas, esquecer. nao esquecer, mas não me sentir mais tão enuveada com a menor proximidade.

"quem sabe as trevas, quem sabe a luz
nem sempre é ouro aquilo que nos seduz
quem sabe se é hoje o dia de desanuviar
vai embora nuvem, vai embora e não vem mais"

eu queria tanto simplesmente virar as costas... e ir... desanuviar...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

hoje de madrugada, quando resolvi pegar no sono, uma luz muito forte na frestinha da janela me chamou atenção. abri e era a lua. linda, brilhante, prateada! pensei em como as coisas são... às vezes é só uma questão de deixar um frestinha, nunca fechar a janela inteira. deixar a janela aberta o tempo todo pode proporcionar vistas não tão bonitas... mas uma frestinha, quem sabe. assim, quando brilhar, vai ser sempre uma surpresa boa! e é de surpresas boas que é feita a vida.
acho que, como dormi sob a luz da lua linda, ela me abençoou essa noite e eu acordei muito feliz, sob a luz do sol. raramente aprecio a luz do sol... mas hoje, abri um sorriso largo ao acordar. sinto que a minha vida vai mudar! não, nada drástico, nada de premonições de coisas grandiosas. não almejo coisas grandiosas, eu quero o simples. pois, na verdade, é disso que são feitas as coisas grandiosas: de detalhes pequenininhos e é neles que eu me apego toda vez. acredito sim que meu sorriso num espelho possa mudar meu dia inteiro, mesmo com o mundo desmoronando. meu sorriso vai mudar a minha vida, e é essa a minha fé.
at last,
:}
mais calma agora. precisava respirar e respirei. minhas madrugadas tem sido longas e solitárias... tenho andado muito carente, sozinha... por mais que tenha muitos amigos e os veja com uma certa frequência, ficar sozinha em casa por muito tempo é doloroso... nem meu cão quer saber de mim nos piores momentos!

a falta do que fazer me desanima... crio teorias, mas tenho preguiça de escreve-las. quero ler livros, mas não tenho saco pra começar... se começo, nao tenho saco pra virar a página... eu to bem comigo mesma. não o tempo todo, mas eu acho que deu pra olhar pra dentro de mim e me conhecer melhor nesses dias tão solitários e vividos pela metade. não foi em vão! mas chega uma hora que cansa... é vício. tédio é um vício. mas também não quero fazer alguma coisa que me chateie, sabe? ou que me canse... coisas que eu não gosto. mas eu preciso me mover e logo!

na verdade eu acho que eu preciso de um pouco de amor... disso eu sei, então, mas outro tipo de amor... acredito ter me desgarrado daqueles olhos, pelo menos enquanto não os vejo. não quero ver. preciso de um novo, a sunday kind of love! e eu juro que não to desesperada como de costume. agora eu vou me preservar até alguém de verdade me aparecer, pra evitar a dor e a fadiga.

"vento solar e estrelas do mar
a terra azul da cor de seu vestido
vento solar e estrelas do mar
você ainda quer morar comigo?
se eu morrer não chore não! é só a lua
é seu vestido cor de maravilha nua
ainda moro nessa mesma rua
como vai você?
você vem?
ou será
que é tarde demais?"

"porque se chamavam homens
também se chamavam sonhos
e sonhos não envelhecem
em meio a tantos gases lacrimogênios
ficam calmos, calmos, calmos, calmos, calmos
e lá se vai mais um dia..."

espero, no futuro, olhar pra trás com um sorriso nos lábios. pensar que esses dias que se vão foram parte da construção de um presente lindo! que os bons amigos permaneçam e que o amor não vire mito.
não quero uma vida perfeita, mas quero um ombro no qual eu possa recostar num belo final de tarde. ainda que esteja feio, que a presença faça dele o mais belo dos finais de tarde.

domingo, 9 de agosto de 2009

calma? de onde você quer que eu tire calma se a minha vida está estagnada no NADA! eu não tenho absolutamente nada. eu não tenho emprego, eu torrei minha poupança, eu não tenho objetivos muito menos forças pra continuar. me falta a força.
onde foi que eu perdi minhas forças? onde foi que você se tornou tão debochada?


eu só queria, uma única vez, ter uma idéia válida sobre o que fazer. eu não aguento mais. sério, eu não aguento mais...
que dia é hoje? sério, que dia é hoje? estou a tantos dias seguidos em casa que acabei perdendo as contas... as contas, o rumo, os dedos e a mão quase inteira. conversas no computador, vídeo-game... minha única cia real é o otto. só me abandona de madrugada, alguém tem que dormir.
hoje uma amiga veio me visitar, me tirou de casa por algumas horas... foi bom pegar sol, conversar, espairecer, desanuviar... mas o quê? o quê, meu deus! eu faço a mesma pergunta todos os dias... acho que a falta que a falta me faz. a falta de objetivo, entende? esse caminhar sem rumo que não tem fim. esses sambas tristes... tire seu sorriso do caminho! nem parece que faz uma semana que eu te encontrei. eu te beijei. e não sei se estou sentindo isso agora. foi um exercício a semana toda e acho até que consegui. fiz um milhão de teorias ontem numa chapação solo e uma delas era sobre você. eu ainda penso, mas a intensidade é menor. to conformada e logo logo vai passar.
to pensando no que fazer agora. não vai ser saudável ler um livro e eu to sem a menor concentração pra sentar e estudar algo. talvez... mas acho melhor não. sei que se eu continuar aqui vou começar a ouvir todas aquelas músicas depressivas que me trazem você e isso é o que eu menos preciso, de fato... alguém poderia me salvar agora, nesse momento. uma mensagem, uma ligação, uma visita inesperada (é, a essa hora... 2:01) ... mas não tenho esperanças. acho que vou tentar deitar e dormir. não pensar. não pensar é bom. é, é isso.
mas eu só queria dizer que isso não é tudo que eu penso agora. penso também na falta de dinheiro... q q eu vou fazer esse mês? se o emprego que a naninha falou sobre não rolar, eu to perdida! 20 reais na conta, 7 na carteira... lindo. sinto o fundo do poço, mas ainda assim eu continuo cavando... quanto pessimismo! queria lembrar também que já tenho planos pro futuro! vou fazer projeto de produto! e um curso de fotografia! só me falta a verba. engraçado falar isso tendo o pai que eu tenho. engraçado não, né, pois como eu sempre digo, o rico é ele e apenas ele só zinho. tadinho...
to ouvindo blues.. achei apropriado. daí abri um vídeo do Howlin' Wolf onde ele dizia no começo: "but i'ma tell you what the blues is; the blues is when you ain't got no money, you got to blue..." e por aí vai, rolando o blues.
acho que tá na hora de parar... já pulei pra etta james e tá começando a ficar perigoso...

boa noite, insônia... boa noite, blues


e de acordo com a minha teoria, eu sou dessas pessoas dislexas, que começam em um e terminam em outro assunto. mas ah! como eu queria simplesmente poder cantar at last, mesmo desafinada...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Arrependimento. Essa é a palavra. Estou arrependida de ter bebido semana passada, antes de acabar o antibiótico; estou arrependida de ter saído e gastado TODO o dinheiro que eu não podia ter gasto e nem ter me divertido; estou arrependida de não ter começado o pré vestibular no começo do ano; estou arrependida de não ter começado a usar o fichário no começo do curso; estou arrependida de ter matado tanta aula; ...
O problema é que a gente só se arrepende quando se fode. Eu to arrependida de ter bebido pq agora minha garganta tá dolorida denovo! E eu to com dinheiro contado. E meu caderno tá uma bagunça! E eu não sei nada de direito constitucional, sendo que a última aula é essa semana. Eu nem tenho dinheiro pra comprar a apostila de português, muito menos pra xerocar. Minha mãe vai se fuder pra pagar a merda do pré vestibular pq o meu pai simplesmente não confia em mim. Eu beijei o Diogo na mesma semana que rejeitei um cara que veio de Minas só pra me ver...
Ok, talvez eu realmente tenha sido uma criancinha má e esteja merecendo a dor de garganta, a desconfiança do pai (que aliás, nem falando comigo está), a dor de cotovelo...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

sono das máquinas

Insônia é uma coisa engraçada... é aquele tempo ocioso que você tem, no silêncio da sua casa e do mundo. é comum, as vezes, até ouvir algum barulho da rua... no meu caso, eu ouço o barulho do sono das máquinas.
vamos lá, eu moro num lugar meio afastado... tem uma lagoa aqui e, do outro lado, tem a barra da tijuca. ela toda! é longe o suficiente para não ouvir o barulho dos carros irritantes da rua que NUNCA dorme; é silencioso o suficiente para ouvir um barulho esquisito e meio irreconhecível. se eu chegar até a beira no meio de qualquer noite e ficar bem quietinha por um tempo, eu ouço. é como um "piii" no ouvido, mas é um "pvom" ao invés.
uma vez eu estava lá embaixo com alguém. o assunto acabou e começamos a ouvir. veio a discussão de que diabo de barulho era aquele! até que chegamos a essa conclusão.
que seja, essas noites de insônia tem esse barulho. o problema é que ele entorpece! não consigo fazer nada direito: ler, escrever, desenhar... nada. as vezes nem pensar eu consigo. mas é uma coisa gostosa, tenho que admitir. esse vazio. esse branco. esse "pvoom" ou "pvuum", nao sei explicar... e como é bom descansar sem estar cansada e sem descansar.
nada me acrescenta. nada acrescenta.
mas no fundo, o que esse mundo pode me acrescentar mais que o barulho do sono das máquinas?

dor de crescimento

bibia diz: mas eu sou uma idiota
bibia diz: eu faço muito isso
bibia diz: desistir das coisas assim, do nada
bibia diz: surtar e me esconder
bibia diz: é bem típico de mim
pr diz: mas enfim, eu acho mt mais justo desistir de algo do q simplesmente se acomodar...

como faz pra não doer?
o problema de ser assim é a dor. mudar dói!
sabe aquela idade esquisita, chamada de fase de crescimento? lembra como as pernas doíam do nada? assim, do nada mesmo! é como acontece com meu corpo, com a minha mente. eu fico fraca sempre que mudo, mas eu simplesmente não consigo parar.
agora, nesse momento eu to parada. eu to recuperando as forças que eu perdi na mudança. é duro dar as costas, abandonar a morada.
hoje eu conversei com alguém sobre isso, sobre a última vez que eu larguei tudo... eu precisava. eu estava literalmente perdida e viciada (não, não falo de drogas ilícitas) numa vida que não era a que eu queria estar vivendo, mas eu simplesmente não sabia sair. e é tão simples! é só sair! parar de frequentar, recusar convites, inventar desculpas saudáveis, não sair de casa. é simples! mas dói. largar velhos hábitos, deixar de ver certos "amigos". chega a ser engraçado, mas "amigos", por mais que sejam "amigos", sao divertidos e cativam. é só saber separar, sabe? mas separar é tão chato! eu quero compartilhar tudo, e isso não é possível de se fazer com "amigos". mas no fundo eles são muito necessários. são tipo figurantes. uma cena não é tão... nem sei que palavra usar, mas uma cena não é tão cena sem os figurantes, sabe? por isso eu faço questão, dos poucos e bons, mas também dos muitos-nem-tão-bons-assim, mas divertidos. pq na hora de mudar, de onde virão as pérolas? e de quem eu vou sentir saudade?
e eu ainda não sei como fazer pra não doer, mas eu sei que freadas bruscas são o caminho.

sábado, 13 de junho de 2009

As vezes é difícil tentar escrever o que não sabe. Estou aqui nessa madrugada, mais uma madrugada acordada, com a diferença de que eu não tenho internet, não estou na minha casa nem na casa de algum (a) amigo (a). tem algumas coisas aqui, mas não faz tanta diferença pois não tem ninguém comigo além do otto. otto, meu cão. é engraçado estar com ele aqui no mandala, meu segundo apartamento. é engraçado e confortável. gosto da presença dele, mas acho que gosto mais da presença virtual de alguém que converse.
Engraçado admitir que sinto saudades do thales. mais engraçado ainda é dizer o nome dele, não estou acostumada. como quando ele foi me chamar de bia, mas achava esquisito pois nunca tinha me chamado antes. passamos praticamente um dia inteiro juntos virtualmente. de tarde da noite até o amanhecer, do entardecer até a minha hora de ir pra rua. no dia seguinte, nos falamos pouco e foi pior a despedida. fraca, eu quis dizer fraca. eu não sabia bem o que dizer pois, apesar de ter passado bastante tempo “com” ele, não nos tornamos íntimos, não havia motivos para despedidas românticas. permaneceram as palavras simples: “se cuida, juízo, boa viagem, um beijo”, beijo sem previsão. por que sempre mandamos beijos pra pessoas que nunca beijamos ou nunca beijaremos ou nunca mais iremos beijar? beijo, abraço, essa mania afetiva que temos. eu não sei como é o seu beijo, pq estou dizendo isso?
Hoje estou me sentindo muito bonita. acredito que qualquer um poderia se apaixonar perdidamente pela minha aparência encantadora hoje. mas eu raramente saio de casa nesses dias, deve ser por isso que ainda estou só. ou talvez a minha auto-estima caia como que uma jaca madura caindo da árvore quando eu ponho meus terríveis pés pra fora de casa. mas provavelmente sejam esses caminhos que eu gosto de andar, que o caio comentou dia desses. esse tipo de mulher extinta no rio de janeiro gosta de andar por certos caminhos que não deveria, por isso acha homens como ele no meio da multidão. homens que não deveria. ele disse que brincou ao me classificar dessa maneira, mas eu e ele sabemos muito bem do que ele estava falando. eu e ele sabemos muito bem dessa menina mulher que eu sou. ele finge saber mais do que realmente sabe, eu finjo ser menos do que ele pensa. que coisa mais cansativa! de qualquer maneira, eu preferiria estar jogando um jogo agora do que estar aqui, só, linda e cansada. eu tenho medo de que isso que eu tenho dentro de mim esgote, eu tenho medo de me tornar isso que machuca, pois me machucaria também. talvez menos, mas menos quase sempre é mais quando se trata de sentimento.
Quero me livrar desse desejo de não te esquecer. eu não quero te esquecer, mas tudo vai ficar tão difícil, amor. eu não posso mais carregar tua lembrança porque ela é muito leve pra todo esse sentimento. ela é quase nada! é só um petisco pra essa fome que eu tenho de você, desse monstro que eu alimentei por tanto tempo dentro de mim. as vezes se prendo a respiração de uma maneira única, posso sentir o seu cheiro. como era gostoso sentir teu cheiro do meu lado de manhã! como era surpreendente encontrar teu cheiro por esses caminhos que eu resolvia tomar pra te seguir. eu sei que, enquanto eu te procurar por aí, eu não vou achar. então acho que seria viável continuar olhando para todos os lados esperando sua aparição, pois dessa maneira você nunca mais vai me aparecer, correto? o meu dilema é que pra que isso aconteça, eu vou precisar sempre lembrar de você e isso implica um milhão de sentimentos que não deveriam ser sentidos numa “noitada”. queria tanto um abraço seu... e é claro que essa é uma grande mentira, eu não quero um abraço, eu quero muito mais que isso! um abraço jamais deixaria satisfeita essa fome que eu tenho de você.

Tenho medo de encontrar o thales e começar uma nova história. você já me evitava morando alí na ilha, vai ser infinitamente mais fácil me evitar morando em outro estado. acho que eu simplesmente não consigo. eu não vou suportar a idéia de não te ver por muito tempo se eu te encontrar e for maravilhoso. meu maior medo é ser maravilhoso e eu não poder manter. como passar 8h na suíte do vips’s e querer morar lá. como viajar para o paraíso, mas ter que voltar pra terra mortal. eu não suportaria passar uma vida inteira longe de algo maravilhoso e pouquíssimo tempo se torna uma vida inteira quando se trata de uma distância considerável de algo maravilhoso.
Eu não aguento mais me apaixonar. eu temo pelo meu coração e pela minha sanidade. eu temo pelos meus braços frios e minha boca perdendo a cor. sinto falta de tanta coisa que dói contar. algum santo poderia me ajudar, mas eu tenho tido tantas dúvidas em relação a essa fé fajuta. temo mais relacionamentos falidos que já começam caóticos. logo eu, que tinha tudo pra ser feliz. pq ele não me quis, o que é que eu posso fazer?


Sinceramente, não sei mais qual caminho tomar. vou ficar com o óbvio pra ver se alcanço algum sucesso, vou me drogar até que alguém me encontre e me tire dessa de uma vez por todas. eu pararia de fumar por um amor, o problema é que eu não quero que o meu dependa disso. eu não quero ter que fazer coisas que eu não quero fazer por amor. e se precisar fazer, que seja algo prazeroso. não deveria o amor ser algo prazeroso?
Eu queria não exigir tanto de você. eu te teria perto de mim, não teria? mas você não me amaria por isso. é disso que eu to falando, entende, eu não quero ter que fingir que não te amo pra que você me ame pois nunca funcionaria! eu não quero parar de fumar ou deixar de pintar as unhas pra você me amar pq o amor é algo além disso. não se ama alguém porque ela fuma ou finge não te amar, é outra coisa. se ama alguém pq se ama e ponto. fumar ou não é um mero detalhe. fingir não amar, não. isso beira a loucura e eu não sou tão louca assim. eu sou normal, ora essa, se eu amo eu quero amar!
eu ainda amo e quero amar! deus, por favor, permita que eu ame e pare de sofrer tanto. a dor ensina, mas acho que eu já aprendi bastante. talvez eu só pense que aprendi e não aprendi coisíssima nenhuma, mas seja lá qual for a minha situação, eu já estou de saco cheio dela. E se ajuda pedir e ter fé, eu te peço com fé: me tira dessa!

domingo, 24 de maio de 2009

blam

é muito impressionante ir embora assim... bater a porta virtual na sua cara, pq você só vai ouvir o barulho dessa porta daqui a algum tempo. o barulho só vem quando você, por algum motivo idiota, me procurar e não achar. é um eco esquisito, sabe
mas mais impressionante vai ser você me deixar ir assim, simplesmente, sem nem lutar para que eu fique pois o que eu sinto por você é tão grande que não cabe em mim! é tão forte que me dá dor de cabeça de tanto pensar! é imenso e barulhento e incomoda, tanto a mim quanto a você. é chato e nada saudável.
e isso tudo que eu fiz por você, diogo, tanta coisa... eu aprendi a aceitar tanta coisa pra conseguir sobreviver com esse sentimento todo. eu abri mão de tanta covardia, tanta exigência, tanto orgulho bobo. eu te pus num pedestal, eu te amei. eu te amei, diogo.
eu fui estudando friamente cada detalhe que eu conseguia enxergar afim de não te deixar perceber o quanto aquilo tudo me machucava pra não te machucar também pois você me dizia que te entristecia me ver tão triste, principalmente se fosse por você e eu acreditei, como uma criança perdida descobrindo como o mundo funciona. eu acreditei e acredito. por isso, diogo, só por isso eu to te excluindo do meu mundo virtual pra ver se eu consigo te tirar do meu mundo mental, pois da minha realidade você já tá longe faz tempo...
mas eu sempre tinha aquela esperança, que saia eu sei bem de onde, que me mantinha essa besta que não sabia ir à lapa sem olhar pra todos os garotos largados pensando que era você. aquela esperança de um dia você voltar a me ligar todo dia e querer me ver tanto quanto eu queria te ver... ai que saudade de ser interessante pra você! e essa esperança vinha daquele tempo e das pouquíssimas vezes que eu te via. era tudo tão maravilhoso pra mim! e eu sei que era só pra mim, mas algo sempre me dizia que não. que você também gostava de mim, mas estava confuso e um dia aquela fase ia passar e a gente ia ficar junto e ia se ver toda semana e você ia me dizer que sentia saudade e... ah...
ahh...como era bom acreditar que isso ia acontecer de fato. como era bom te encontrar e te beijar a boca como se fosse só minha te dando minha bolsa pra carregar...
de qualquer maneira eu sempre fui muito diferente de você. não diferente, mas eu não sabia me ser pra você. eu ficava paralisada como se tivesse encontrado um ídolo. você foi meu ídolo! isso é deprimente, mas...
no fundo eu to esperando você me ligar dizendo "me encontra", "não faz assim...", "vamos tentar?", mas é utópico demais. é sonhar muito alto e minhas asas são de cera! chega. eu to me despedindo, eu to levando tudo de mim que é pra não ter razão pra chorar.
eu não quero mais chorar por você. eu não quero mais pensar em você. eu queria tanto ter tanta raiva, mas nem isso! eu não consigo, eu te gosto demais!
c acha que eu sô loca, mas tudo vai se encaixar.
"e não adianta nem me procuraar..", bia, esquece, ele não vai te procurar.
pra mim acabou hoje. pra você, faz tempo...
eu ainda não me situei, não sei exatamente o que pensar. mas uma coisa é certa: eu não quero mais pensar, seja lá que pensamento seja. deixem-me burra! não aguento mais!
queria saber repetir pra sempre "não importa o que os meus amigos digam, eu te amo e vou continuar lutando por você", pois eu cansei de ser tola.
não adianta lutar por essa batalha perdida, essa guerra que não existe em lugar nenhum além de dentro de mim. não adianta lutar por você. agora eu tenho que lutar contra.
eu não quero mais pensar que é possível, eu não quero mais acreditar na força do destino. esse destino maldito que sempre me faz voltar atrás com medo de estar perdendo esses últimos 5 minutos que fariam você perceber um monte de coisas que eu espero a quase um ano que você perceba.
eu não quero mais acreditar no destino e na força dele. eu não quero mais acreditar em nada.
e se for pra eu voltar atrás, que um raio caia na minha cabeça pra eu acreditar! que você apareça numa hora improvável, de surpresa. só assim pra eu voltar a acreditar e voltar atrás. tem que ser forte e impactante. tem que fazer valer todas as minhas lágrimas.
e eu vou parar de tentar imaginar pra não criar expectativas, pois não-vai-acontecer.
bia,
ele não gosta de você.